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ALERGIA ALIMENTAR X SURDEZ

SURDEZ

A audição é o sentido responsável por captar as informações sonoras, sejam verbais ou não. O órgão que realiza esse processo é o ouvido que pode ser dividido em ouvido externo, médio e interno, sendo este o caminho percorrido pelo som até chegar ao cérebro.O som se espalha pelo ar através de uma vibração. Esta vibração é captada pela orelha externa (pavilhão auditivo e canal externo do ouvido) e é conduzida até a orelha média, onde estão localizadas estruturas responsáveis pela amplificação desta vibração. Depois de amplificada a vibração chega na orelha interna, gerando uma pequena energia elétrica que é transmitida ao cérebro pelo nervo da audição, onde será decodificada para gerar a compreensão dos sons.Qualquer alteração no ouvido externo, médio ou interno que prejudique ou impeça o trajeto do som até o cérebro pode ser causa da surdez.
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TIPOS
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Existem basicamente dois tipos de surdez: a surdez de condução e a surdez do nervo auditivo ou da cóclea.A surdez de condução é aquela que afeta o ouvido externo ou médio e acontece quando as ondas sonoras não são bem conduzidas para o ouvido interno. Infecções no ouvido com secreção, sensação de líquido ou perda auditiva, zumbido, voz fraca, etc, são alguns dos sintomas apresentados por pessoas portadoras deste tipo de surdez.A surdez do nervo auditivo ou da cóclea é aquela que ocorre quando a cóclea, órgão interno da audição, não consegue transformar a energia mecânica da vibração do som em energia elétrica para transmiti-la ao cérebro, que irá entender o som. Portadores deste tipo de surdez podem apresentar os seguintes sinais e sintomas: perda auditiva súbita ou progressiva, zumbido, tontura, vertigem, dificuldade para entender a mensagem, entre outros.
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GRAU
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O teste mais utilizado para detectar a presença de problemas de audição é a audiometria, que tem a finalidade de determinar a menor quantidade de energia acústica audível (limiar auditivo).Os limiares determinados pela audiometria são colocados em um gráfico adotado universalmente denominado audiograma. Ele expressa as freqüências sonoras em HZ variando de 250 a 8000 Hz. Estas freqüências são medidas em decibéis obedecendo a uma escala que determina o grau da perda auditiva que varia de -10 a 110 dB.Um ouvido normal possui como limiar auditivo até 25 decibéis ou menos em adultose 15 decibéis ou menos em crianças.Se o limiar auditivo obtido encontra-se entre 25 e 40 dB caracteriza-se perda auditiva leve; entre 40 e 70 dB, perda moderada; entre 70 e 90 dB caracteriza-se perda severa e a partir de 90 dB tem-se uma perda auditiva de grau profundo.Quem sofre de uma perda auditiva leve só ouve se estiver próximo de quem está falando; em uma perda moderada o paciente apresenta dificuldade para ouvir mesmo estando próximo, exigindo sempre a repetição de algumas palavras; nas perdas auditivas severas e profundas, o paciente não escuta vozes, que tem a intensidade por volta de 65 dB.
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CAUSAS
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Entre as causas da surdez estão a presbiacusia (surdez pela idade), exposição a ruído de alta intensidade, viroses (rubéola, caxumba), meningites (principalmente as bacterianas), alergias, tumores, entre outras.É muito comum encontrar como causa da diminuição da audição o excesso de cera no ouvido.A cera é uma produção normal da pele do canal externo do ouvido e tem a função de proteger esta pele contra germes e substâncias que podem contamina-la. Algumas pessoas produzem muita cera e chega a formar um tampão que impede a passagem do som, devendo ser removido por médico.Outra causa comum de surdez é a otosclerose (imobilização dos ossículos do ouvido). A otosclerose é hereditária e afeta duas vezes mais mulheres do que homem, aparece normalmente na faixa etária entre 20 e 30 anos e, na maioria dos casos, afeta apenas um ouvido. A surdez é progressiva e pode ser acompanhada de zumbido (barulho no ouvido).No ouvido médio encontra-se a membrana timpânica que funciona como se fosse uma membrana de um tambor vibrando devido ao fluxo da energia sonora. As perfurações traumáticas na membrana timpânica causam variados graus de surdez, dependendo da extensão e localização. Essas perfurações geralmente resultam de alteração violentas da pressão no conduto auditivo (mergulho, tapa ou até mesmo um beijo no ouvido) ou resultam de trauma direto por objeto inserido no conduto (grampo, cotonetes, etc). Em alguns casos ocorre a cicatrização, enquanto que em outros o tratamento é cirúrgico.Dentre as causas de surdez mais freqüentes encontra-se a otite, um processo inflamatório que pode ocorrer tanto na orelha externa como na orelha média.Quando ocorre na orelha externa a otite provoca dor intensa e descamação da pele. Como prevenção indica-se evitar a limpeza do canal auditivo com instrumentos (cotonetes) que agridam a pele do local; secar bem a orelha após a entrada de água e, para indivíduos que praticam mergulho ou natação, é indicado o uso de protetores auriculares, de acordo com seu canal auditivo. A otite média geralmente é causada por inflamações na garganta, rinites, sinusites e gripe fortes. Ocorre mais em crianças que em adultos e provoca dor exacerbada no ato da mastigação e de açoar o nariz. Essa dor cessa quando ocorre a ruptura da membrana timpânica que se reintegra, mas quando as otites são freqüentes a perfuração permanece.
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PREVENÇÃO
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Algumas precauções podem ser tomadas para prevenir a ocorrência da deficiência auditiva.No período pré-natal devemos atentar para os cuidados maternos relacionados à prevenção de doenças infecto-contagiosas que muitas vezes podem constituir séria ameaça à integridade do sistema auditivo do feto. Chamamos especial atenção para a síndrome da rubéola congênita que é uma das principais causas de surdez na infância, quando acomete gestantes nos primeiros meses de gravidez.A morbidade poderia diminuir drasticamente através de imunizações daquelas que por ventura ainda não apresentassem sorologia compatível com doença anterior no período do pré-terno. Assim, o diagnóstico precoce e tratamento de doenças tais como sífilis, toxoplasmose, citomegalo-vírus, podem diminuir a incidência da deficiência auditiva; cuidados básicos de saúde tais como alimentação adequada, higiene e educação podem prevenir doenças ditas próprias da infância tais como sarampo, varicela e principalmente a caxumba que também são causas de deficiência auditiva.Programas de vacinação adequados cumprem papel ímpar na melhora das taxas de morbidade. Seqüelas de meningite constituem também causa de surdez. Vacinas contra haemophilos poderiam evitar seqüelas no sistema nervoso central e por conseguinte perdas sensoriais devido a este agente que é importante nas meningite em crianças menores. Existem alterações que poderiam levar à surdez, tais como as metabólicas (dislipidemias, tireoidopatias, disglicidemias), vasculares (hipertensão arterial, alterações de viscosidades sanguínea, microangiopatias diabéticas), inflamatórias (autoimunes, infecciosas), medicações (anti-inflamatórios, diuréticos, anti-maláricos, antibióticos, etc), pós operatórios, genéticas, induzidas por exposição excessiva à ruído, trauma acústico, etc.Existem manifestações que podem e devem chamar a atenção de médicos e familiares, por exemplo: sono excessivamente pesado, atraso na aquisição da fala, déficit de atenção na escola, distúrbios de linguagem, etc. Visitas periódicas ao médico otorrinolaringologista se fazem necessárias para o diagnóstico precoce da surdez por conseguinte, o seu tratamento e muitas vezes o início de uma readaptação à sociedade através de aparelho de amplificação sonora e tratamentos fonoterápicos.Em nosso dia a dia, devemos tentar preservar a nossa audição evitando exposição excessiva de ruídos, não usando medicações sem controle médico, que eventualmente poderiam ser ototóxicas, visitas médicas periódicas com o intuito de diagnosticar precocemente afecções que pudessem levar a surdez. Para lavarmos as orelhas, não devemos tocar no interior do conduto auditivo, apenas a parte externa da orelha pois o cerume e descamações têm movimento migratório para o seu exterior e não devemos interferir no mesmo sob pena de transtornos tais como rolhas de cerume e otites. Em casos de dor eventualmente, usar compressas quentes e secas, e procurar o especialista sempre que houver alguma dúvida.O diagnóstico precoce é essencial para que a maioria das causas da surdez sejam controladas e tratadas e sempre há alguma coisas a se fazer.Para as pessoas com problemas alérgicos ou metabólicos existe tratamento medicamentoso enquanto que no caso de tumores o tratamento é cirúrgico. Em muitos casos não existe cura para o problema mas há recursos que o amenizam como os aparelhos auditivos.Os aparelhos auditivos não curam a surdez mas levam a pessoa a ouvir bem, o que é um primeiro passo para o restabelecimento de um bem estar individual.Procure um otorrinolaringologista e/ou uma fonoaudióloga sempre que você ou alguém próximo a você: não entender o que as pessoas falam; usar o rádio ou TV muito alto; pedir para repetir o que as pessoas falam ou tiver que fazer esforços para ouvir.

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